Aesp forma primeira turma do Curso de Atirador Policial de Precisão

15 de outubro de 2019 - 17:00 # # # #

 

Ao todo, 15 profissionais de segurança do Estado do Ceará, Acre, Bahia, Distrito Federal, Pernambuco e Piauí concluíram a capacitação e agora estão aptos para atuar como snipers.

A Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará (Aesp/CE) formou, nesta terça-feira (15), a primeira turma do Curso de Atirador Policial de Precisão do Estado do Ceará. Ao todo, 15 profissionais de segurança concluíram a capacitação e agora estão aptos para atuar como snipers, como são conhecidos popularmente os atiradores de precisão. São seis policiais militares do Ceará, um policial militar do Acre, um da Bahia, um do Piauí e dois PMs de Pernambuco, além de dois policiais civis do Ceará e dois agentes da Policia Rodoviária Federal do Distrito Federal.

A solenidade de encerramento do curso aconteceu, nesta manhã, no auditório da Aesp e contou com a presença do diretor-geral da Instituição de Ensino, Juarez Gomes Nunes Júnior; do coordenador geral de operações da PMCE, coronel PM George Stephenson Batista Benício; do comandante do Policiamento de Choque da PMCE, tenente-coronel PM João Batista Farias Junior e do chefe da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais da Policia Civil do Ceará (Core), delegado Antônio Pastor. Além de formandos, familiares e outros representantes do sistema de segurança pública cearense.

Treinamento Especializado

O treinamento, de 272 horas/aula, aconteceu entre os dias 05 de setembro e 11 de outubro, e contou com um grupo de instrução multidisciplinar que incluía profissionais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar do Ceará, do Comando de Operações Especiais da Polícia Militar do Estado de São Paulo (COE); da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) e agentes da Polícia Federal. Além de professores da área da saúde e de outras instituições.

“Nós tivemos aqui policiais civis e militares de vários Estados e algumas unidades da Federação Brasileira, e isso mostra a integração do trabalho de polícia, no que diz respeito especialmente a capacitação e a possibilidade de trabalhar de forma mais técnica para enfrentar as questões de segurança pública que assolam o país como um todo, porque a atividade de segurança pública não comporta limites ou fronteiras e a gente precisa conhecer a realidade de cada uma das estruturas e trabalhar de forma uníssona”, destacou o diretor-geral da Aesp, Juarez Junior.

Segundo o coordenador do curso, Capitão Pascoal Neto, que atua no Bope da Polícia Militar do Ceará, para integrar o seleto grupo de atiradores de precisão das unidades especializadas, os alunos passam por uma exigente e qualificada capacitação.

Para participar do curso, o policial precisa preencher alguns requisitos, como já ter concluído o Curso de Operações Táticas ou o Curso de Operações Especiais e atuar em uma unidade de operações especiais da corporação de origem – como por exemplo, o Bope da Polícia Militar ou da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais da Policia Civil do Ceará (Core), além de possuir algumas características do perfil profissiográfico.

Após esta seleção, os alunos passaram por seis semanas de instruções que, intercalavam teoria e prática, abordando desde disciplinas como matemática e física instrumental, até direitos humanos; atendimento pré-hospitalar de combate, gerenciamento de crises; negociação tática; prática de tiro e diversas aulas de balísticas. Além de visitas técnicas e palestras.

Pascoal explica que o objetivo principal do curso foi formar novos atiradores para atuar em ocorrências de gerenciamento de crise, e destaca a importância deste personagem no teatro de operações. “A principal função do atirador de precisão é basicamente para preservar vidas e, se for chamado para atuar em uma ocorrência de crise, o nosso princípio básico se baseia no trinômio: observar, proteger e neutralizar. Neutralizar é o ultimo caso da alternativa tática, o último recurso da Polícia Militar para resolução de uma crise. O objetivo maior do disparo de um tiro do sniper é salvar uma vida”, esclareceu o oficial.

Reforço
Com a conclusão desta turma, a Polícia Militar do Ceará conta agora com 13 policiais atiradores de precisão. Além dos seis formados pela Aesp, os outros foram capacitados pela Polícia Militar do Estado de Mato Grosso e pelo Comando de Operações Táticas da Polícia Federal (COT).