Servidores da Pefoce concluem curso de Papiloscopia promovido pela Aesp

4 de outubro de 2019 - 16:11 # # # #

Os servidores da Coordenadoria de Identificação Humana e Perícias Biométricas (CIHPB) da Perícia Forense do Ceará (Pefoce) concluíram, nesta sexta-feira (04), o curso de Papiloscopia promovido pela Academia Estadual de Segurança Pública (Aesp/CE). A solenidade de encerramento ocorreu nesta manhã e contou com a participação do diretor-geral da Aesp, Juarez Gomes Nunes Júnior; do perito-geral da Pefoce, Ricardo Antônio Macêdo Lima; e do coordenador do curso, Felipe Ferreira Moura.

A formação teve carga horária de 60 horas/aula contemplando palestras e aulas práticas com a participação de papiloscopistas da Polícia Federal (PF) e profissionais da CIHPB.

Parte da metodologia do curso se deu na prática com simulação de ocorrências em que os alunos tiveram que localizar impressões digitais, revelar e analisar os vestígios em diferentes tipos de superfícies e utilizando distintos métodos de revelação. Foram repassadas técnicas de decalque de impressões papilares; coleta, acondicionamento e transporte de materiais; confronto papiloscópico e busca de restos mortais. O objetivo do curso foi aperfeiçoar os conhecimentos teóricos e práticos necessários aos profissionais que trabalham com a ciência que estuda a identificação humana por meio das papilas dérmicas.

A capacitação reuniu os auxiliares de perícia da Pefoce que desempenham a atividade papiloscópica nos três laboratórios da CIHPB: no Laboratório de Impressão Papiloscópica (LIP), Laboratório de Identificação Necropapiloscópica (LIN) e o Laboratório de Desconhecidos (LID). Ambas as equipes em seus respectivos laboratórios têm como função revelar as impressões digitais em variadas ocorrências e circunstâncias.

Os profissionais que realizam o trabalho papiloscópico na Pefoce dão forte contribuição para o Estado quando se trata de identificação. No âmbito científico, criminal e social, eles detectam suspeitos de crimes, pessoas que dão entrada em hospitais e abrigos sem identificação, criminosos que mentem sobre o nome e identidade, suspeitos envolvidos em ocorrências e também realizam o importante trabalho de identificar os corpos que dão entrada na Coordenadoria de Medicina Legal (Comel) para que sejam liberados para as famílias.

Laboratórios

A Coordenadoria de Identificação Humana e Perícias Biométricas (CIHPB) possui três laboratórios especificamente para a papiloscopia e suas distintas aplicações. Casos referentes a perícias papiloscópicas de diversas naturezas são tratados pelo Laboratório de Impressões Papiloscópicas (LIP), onde realizam o levantamento de impressões digitais latentes em objetos encaminhados pelos peritos da Coordenadoria de Perícia Criminal (Copec) ou autoridades policiais. Servidores que atuam no LIP realizam perícia externa papiloscópica em locais de crime onde existe a necessidade de busca por impressões digitais.

Já o Laboratório de Identificação Necropapiloscópica (LIN) faz a identificação de todos os corpos que dão entrada na Coordenadoria de Medicina Legal (Comel). A averiguação é realizada por meio do confronto papiloscópico da impressão digital do cadáver com a impressão digital do documento fornecido pelos familiares e/ou informações biométricas contidas no banco de dados. O trabalho também permite a identificação dos pacientes doadores de órgãos.

Existe também o Laboratório de Identificação de Desconhecidos (LID), cujo trabalho consiste na identificação de pessoas que dão entrada em hospitais ou abrigos sem documento de identificação ou desorientados/com a saúde debilitada. São coletadas as digitais destas pessoas e levadas para análise e confronto no banco de dados da Pefoce. O trabalho facilita verificar nome, endereço e parentes destas pessoas desconhecidas e funciona desde 2015. Este serviço ocorre nos hospitais públicos do Estado, principalmente no Instituto Dr. José Frota (IJF). Para acionar uma equipe do LID o hospital envia um ofício para a Pefoce pedindo o atendimento.