Futuros soldados da PM são capacitados para seguir a Doutrina de Polícia Comunitária
30 de setembro de 2015 - 14:50
Visando a formação de profissionais de segurança pública, mais humanizados e preocupados com a construção de uma relação sólida e próxima entre a polícia e a sociedade, os alunos da quinta turma do Curso de Formação Profissional para o Cargo de Soldado da Polícia Militar do Ceará (CFPCP/PM) participam de aulas de Doutrina de Polícia Comunitária, filosofia operacional que baseia-se na premissa de que tanto a polícia quanto a comunidade devem trabalhar juntas no planejamento e na implementação das políticas públicas de segurança com o objetivo de melhorar a qualidade geral da vida na área.
Segundo o instrutor da disciplina, Tenente Coronel PM Francisco Cláudio Bastos Mendonça, a doutrina de polícia comunitária é um conceito antigo e existe no Ceará desde a década de 80, mas que foi fortalecida desde o surgimento do programa Ronda do Quarteirão. Ele explica que as práticas operacionais exercidas pela PMCE hoje, seguem todos os princípios norteadores do policiamento comunitário. “No que diz respeito à aproximação com a comunidade, existe um padrão de conscientização em todos os níveis, do soldado ao coronel, como também por parte da comunidade”. O professor ressaltou a importância desta doutrina para os novos policiais. “A filosofia de polícia comunitária é fundamental para qualquer agente de segurança pública. A população precisa e merece que a polícia siga esta filosofia e seja uma polícia de aproximação, que esteja junto com a comunidade, estudando os problemas que são de todos e deliberando conjuntamente com a sociedade, a fim de encontrar uma melhor solução para os problemas sociais”, pontuou.
A disciplina possui 40 horas/ aula e segue as orientações da Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP/MJ), abordando os conceitos de Polícia Tradicional, Polícia Comunitária, Emergência de Novos Modelos, Filosofia de Polícia Comunitária, Relação com a Comunidade, Policiamento Comunitário no Ceará e Programa Ronda do Quarteirão, entre outros.
Para o aluno do grupo 6 do CFPCPPM, Auricélio Soares, a doutrina é importante para desmistificar qualquer imagem distorcida ou equivocada que algum membro da sociedade tenha do policial. “Essa filosofia nos traz outra visão do policial. Antigamente a sociedade só buscava a polícia na hora de uma ocorrência e hoje a polícia está integrada a sociedade, a todo o momento, nas ruas, nas escolas, em projetos sociais como o PROERD. Hoje, o foco do policial é ter um trabalho voltado para a sociedade e não apenas para aquela pequena parcela da população que está na marginalidade. Essa é ideia de polícia comunitária que nós estamos aprendendo”, enfatizou.