Alunos da PEFOCE treinam técnicas de necropsia

8 de setembro de 2015 - 17:01

Os alunos do Curso de Auxiliar de Perícia da Coordenadoria de Medicina Legal (COMEL) em formação na Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará (AESP/CE) participaram nesta terça-feira (08), de aula prática da disciplina de Técnicas de Necropsia, na sede da Perícia Forense do Estado do Ceará (PEFOCE), localizado na Avenida Leste-Oeste.

As atividades iniciaram no auditório da Instituição e em seguida os discentes foram encaminhados para o observatório do necrotério, local destinado para estudos e acompanhamento de exumações. Na ocasião, os alunos conheceram os instrumentos e aparato tecnológico do laboratório de necropsia da PEFOCE e tiveram a oportunidade de se familiarizar com a equipe de trabalho da COMEL e com o dia a dia da função que desempenharão após a formação.

Segundo o professor Sarto Freire, Assessor Técnico da PEFOCE, além dos aspectos técnicos, legais, éticos e morais exigidos na prática de necropsia, a disciplina também aborda os aspectos comportamentais do profissional, orientando-os sobre a conduta adequada dentro do necrotério e como se relacionarem com os familiares. Ele explicou a importância do trabalho executado pelo auxiliar de perícia. “A técnica de necropsia é uma arte, que requer técnicas únicas. São técnicas como, por exemplo, de fazer incisões, suturas, reconstituições. Você imagina a importância que é entregar um corpo reconstituído sem que a família perceba, ou perceba o mínimo possível as intervenções feitas durante a necropsia. O auxiliar de perícia é o  soldado da PEFOCE, ele é o operador desde a entrada do corpo até a sua liberação”, pontuou.

Durante 36 horas/ aulas, os discentes estudarão técnicas e conceitos como: o histórico das necropsias médico-legais no ceará; legislação e ética nos exames necroscópicos; aspectos legais das necropsias forenses; ética do perito; materiais e tipos de necropsias; exame externo dos despojos mortais; exame interno; abertura da cavidade craniana e da cavidade toráxico abdominal e biossegurança em ambientes hospitalares e mortuários.  A disciplina é pré-requisito para o estágio supervisionado, que é a última etapa do curso de formação, ocasião em que os alunos executarão na prática todas as técnicas aprendidas neste momento.

Para a bióloga e aluna do grupo 3,  Paula Kaianny Mota, a disciplina é essencial para a profissão e servirá de suporte durante toda a vivência como auxiliares de perícia. “A questão de lidar com a morte não é fácil pra ninguém, mas é o que a gente vai fazer e pra exercer a nossa nova profissão a gente tem que saber separar as coisas, compreendermos que estamos lidando com seres humanos, mesmo que na fase pós vida, saber respeitar os direitos dele e também nos proteger, como zelar pela nossa saúde e é isso que a gente ta aprendendo aqui no curso”, ressalta.