Médicos e Peritos Legistas em formação recebem instruções sobre Toxicologia Forense

16 de julho de 2015 - 16:35

 

Durante essa semana os alunos da segunda turma do Curso de Formação Profissional de Médicos e Peritos Legistas da Perícia Forense do Estado do Ceará (PEFOCE), iniciaram uma programação pedagógica voltada para o estudo da Toxicologia Forense.

A disciplina objetiva desenvolver o conhecimento e as habilidades técnicas dos novos profissionais das ciências forenses sobre a detecção e identificação de substâncias tóxicas. A prática da atividade possibilitará a obtenção de pistas sobre envenenamentos e intoxicações, visando a resolução de investigações e processos criminais já que a análise toxicológica permite detectar qualquer substância química exógena presente no material objeto da perícia

De acordo com o Supervisor do Núcleo de Toxicologia da Pefoce e professor da disciplina, Wanderley Pinheiro de Holanda Júnior, a Toxicologia Forense estuda a relação entre a causa mortis e o agente tóxico, identificando e quantificando os efeitos prejudiciais associados às substâncias que podem provocar danos ou produzir efeitos nocivos e alterações no equilíbrio biológico. “O embasamento teórico é importante por que os novos profissionais irão lidar diretamente com análises de casos, em segmentos específicos. Os farmacêuticos, que são os peritos legistas, serão direcionados para a parte laboratorial e analítica, já os médicos peritos legistas irão fazer exame do corpo de vítimas vivas ou mortas, sendo o responsável em relacionar as substâncias, o material da coleta e quais os métodos a serem utilizados”, explicou.

A disciplina faz parte da matriz curricular da Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP/MJ) e possui uma carga horária de 18horas/aula para os Médicos Peritos Legistas e 36 horas/aula para os Peritos Legistas. Entre os assuntos abordados no conteúdo programático estão: conceito e áreas de atuação da toxicologia; toxicocinética, toxicodinâmica e toxicocinética; distribuição e principais locais de armazenamento; toxificação versus destoxificação; interações entre agentes tóxicos; análises toxicológicas; intoxicação letal; agente tóxico ou toxicante e método de intoxicação por drogas de abuso.

Para a aluna do Grupo 2 de Peritos Legistas, a farmacêutica Maiane Melo, esse primeiro contato está sendo muito importante para os alunos se familiarizarem com a dinâmica e o manejo das substâncias tóxicas. “Atuando como perita legista, a toxicologia vai ser a minha realidade, provavelmente, será a área que eu vou trabalhar e através das técnicas abordadas na disciplina será possível descobrirmos qual a causa da morte do indivíduo, auxiliando no processo de investigação criminal”, ressaltou.