Policiais são formados para combate às drogas e à violência nas escolas

23 de janeiro de 2012 - 15:55

     A Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará (AESP) e o Batalhão de Policiamento Comunitário da Polícia Militar do Estado do Ceará (BPCOM) iniciaram nova turma de policiais no curso de formação do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (PROERD). Entre os 29 instrutores, 22 são do interior e ficarão alojados na Academia até a conclusão do curso. A solenidade de formatura acontece nesta sexta-feira (27), às 16h, no auditório do BPCOM.

       Essa é a segunda fase do treinamento, no qual os educadores sociais são qualificados para formar, em escolas públicas e privadas, jovens multiplicadores que recebem a missão de conscientizar outros estudantes sobre os prejuízos do consumo de substâncias ilícitas. Na 1ª fase, os servidores foram preparados para abordar estudantes do 5º ano, crianças na faixa etária entre 9 e 12 anos, e agora foram qualificados para repassar seus ensinamentos a adolescentes do 7º ano.
     Segundo o cabo PM Selso Sidney, instrutor do curso, essa turma atuará em 22 municípios, contemplando cerca de 60.000 jovens. Ele afirma que essa é uma ação que tem contribuído muito para reduzir os índices de violência decorrentes do uso de entorpecentes, pois desde que foi implantado no Ceará, em 2001, o Programa já atendeu 180.000 estudantes.
         César Barreira, Diretor Geral da AESP, defende: “esse tipo de ação é primordial para o processo de construção de uma polícia cidadã, que propicia desenvolver relações de confiança com a sociedade, o que acarreta no aumento da eficiência e da eficácia de suas ações”.


Segundo a soldado PM Michele Cruz "é muito mais fácil
 trabalhar a prevenção do que a recuperação"

      É essa presença mais ostensiva, conforme a soldado PM e educadora social do PROERD Michele Cruz, atualmente lotada em Canindé, que tem modificado bastante a visão que as crianças têm da polícia, muitas delas desenvolvendo, inclusive, interesse em seguir a carreira. Para ela, essa proximidade facilita a atuação dentro e fora da escola: “São seis meses de aula, então o que acontece é que o simples contato dá lugar a um relacionamento, o que propicia que eles tenham uma abertura maior e, assim, nos passem informação de maneira muito mais espontânea. Muitos deles passam a nos ver como amigos sempre dispostos a ajudar.”