“Passado, Presente e Futuro”: a trajetória dos sonhos de futuros profissionais da Segurança Pública

16 de agosto de 2024 - 12:43 # # # #

Edmundo Clarindo – Texto
Leandro Freire – Fotos

 

 

Foram 27 anos morando na zona rural do município de Picos, no interior do Piauí, dividindo o mesmo lar com os pais e a irmã, além de ter outros familiares residindo bem perto. Após a aprovação no concurso da Polícia Militar do Estado do Ceará, porém, veio a necessidade de atravessar a divisa e fixar residência sozinha em Fortaleza.

Sozinha, porém, a aluna-soldado Paloma não está. “Eu tenho uma nova família, aqui, no Ceará”, comemora, referendo-se aos colegas da Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará (Aesp/CE).

A trajetória dessa professora que trocou o magistério pela carreira militar é tema desta edição do Passado, Presente e Futuro – um conteúdo especial desta Academia sobre os profissionais que estão em processo de formação inicial na instituição.

Passado

A vida escolar sempre foi na rede pública. Até chegar ao nível superior, quando cursou História, na Universidade Federal do Piauí, Paloma teve uma vida muito perto da família. Logo, a busca por uma carreira pública com estabilidade passaria a ser um sonho não muito distante.

No Piauí, ela sentia que era do outro lado da divisa que esse desejo se realizaria. Primeiro, no curso da Polícia Civil do Estado do Ceará, veio a reprovação. Depois, no certame da PMCE, a aprovação.

“Sempre tive um carinho pelo Ceará. Não sei o porquê. Sempre tem concurso no Piauí, tanto que teve agora de Polícia Militar. Não fiz. Por algum motivo, sempre tive vontade de morar no Ceará”, explica.

Presente

Uma vez aprovada e convocada por esta Academia, ela precisou deixar a família para trás. Essa decisão não significou não ter família em solo cearense. “Não tenho parente nenhum no Ceará, não conheço ninguém, até então não tinha amigo ou conhecido. Foi difícil, não só para mim, mas para toda a minha família. Eu morava do lado da minha bisavó. Ela me liga constantemente”, confessa Paloma.

“Aqui (na Aesp), eu estou construindo a minha família. Não tive irmão homem. Agora eu tenho vários. É a minha família afetiva. Eu tenho uma nova família aqui no Ceará”, complementa.

Futuro

A opção pela carreira militar passou pela ideia de estabilidade, mas a aluna-soldado prevê uma rotina diferenciada – a partir de uma visão humano humanística que coincide com os valores exigidos por esta Academia e pelo governador Elmano de Freitas. “Segurança Pública me encanta também por conta do trabalho com os grupos vulneráveis. Eu acho um trabalho de grande valia para a sociedade”, indica.

“Eu citei os vulneráveis porque são temas que me tocam muito. Eu estou para servir toda a sociedade cearense. Mas temas que me tocam mais são os grupos vulneráveis”, reitera.

Já a vida de militar, ainda no início, é bem promissora. Paloma quer ser uma servidora diferenciada. “Eu espero ser uma profissional exemplar, honrar o nome da PMCE, a gloriosa PMCE. Quero fazer a diferença. Quero ser uma profissional ética, pautada na disciplina, que é uma base da PM do Ceará”, expõe.